por Rogeria Gomes
‘Um Dia a Menos’
Clarice Lispector ícone da nossa literatura é sempre um frescor em qualquer ambiente, e no teatro seus textos ganham um sentido ainda mais pertinente.
Um Dia a Menos é um desses textos que de forma simples revela com clareza a alma humana. Aliás, essa é uma característica da obra de Clarice.
A solidão é o mote da narrativa da peça, que retrata a vida de uma mulher que a partir da morte de sua mãe , com quem convivia, passa a viver só. Com as férias de sua funcionaria doméstica ela precisa não só lidar com os afazeres que não tinha hábito como também deparar-se consigo mesmo; com seus sentimentos, dores, alegrias e frustrações. Ao findar de um dia sem novidades, tendo que conviver com suas tarefas, ela sem habilidade para tal se vê as voltas com seus sentimentos à flor da pele. Esgotada, ela não resiste a tantas emoções.
Ana Beatriz Nogueira dá vida a essa mulher, e com muita precisão cênica consegue transmitir todas as emoções que a personagem exige. A atriz experimentada em seu ofício, completando este ano 35 anos de carreira, conhece muito bem as entranhas que a personagem exige, e nos faz viver cada um dos momentos conflituosos dessa mulher, que em apesar da solidão tão presente, consegue reuni traços de humor. Nos reconhecemos muitas vezes. Talvez seja esse o grande achado da peça.
A aposta de uma encenação simples, utilizando apenas uma poltrona, uma mesa de apoio e um telefone, permite que o impacto fique por conta do próprio texto e, sobretudo, da atuação da atriz que sabe pontuar exatamente as dimensões da emoção que Clarice imprime em seu conto. A direção e adaptação têm assinatura de Leonardo Netto com assistência de Clarice Derziê Luz. O figurino de Kika Lopes também compõe bem a idéia central da encenação, assim como o desenho de luz de Aurélio de Simoni.
Um espetáculo que traz reflexão em medida acertada recheado de beleza poética ressaltada pela preciosidade da obra de Clarice Lispector.
Teatro Petra Gold – Sala Marília Pêra
Rua Conde de Bernadote, 26, Leblon / RJ Tel: (21) 2529-7700
Sábado e Domingo, às 17h
*Se você deseja assistir esta peça veja regra no final da coluna.
Bate Bola com Vitória Furtado
‘No Escuro’
- Sua experiência com o teatro começou de que forma?
Minha experiência com o teatro surgiu a partir de um espetáculo que assisti, ‘’O Fantasma da Opera’’. Foi como amor a primeira vista! Nunca tinha assistido nada no teatro e isso despertou o grande amor que sinto até hoje. Comecei numa oficina de teatro com o musical dirigido pelo Deto Montenegro, ‘’A Dança dos Signos’’ do Osvaldo Montenegro. Fiz depois uma outra oficina com o ator e professor Tullio Guimarães e Cláudio Chinaski em Brasília,foi aí que descobri que eu fazia parte do mundo das artes cênicas. Minha primeira vez no teatro como atriz foi fazendo A casa de Bernarda Alba, no papel da Criada e da Angustia.
- Você é formada pela faculdade Dulcina de Moraes e tem Vários espetáculos em seu cv. Que parte da história do teatro brasileiro te chama mais atenção.
Em 1974, em uma época difícil para o teatro brasileiro, o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, levou para o palco a inovação da encenação e principalmente a alegria. Me chama atenção esse momento pela vontade que sempre tive de ter um grupo de teatro no qual eu tivesse a liberdade de criar meus próprios textos a partir de estudo e experimentações com o coletivo.
- Este espetáculo trata em sua essência de uma declaração de amor ao teatro. Como surgiu a ideia da peça?
A ideia da peça surgiu em um momento que eu estava muito frágil, em 2017. Eu tinha acabado de perder a pessoa que foi o grande responsável na minha trajetória no teatro. Foi a forma que eu encontrei de sair do fundo do poço voltando a fazer o que eu já havia deixado para trás.
- Sendo você atriz e falando da vida de outra atriz, há algum momento em essas experiências se encontram?
Sim. Não só eu como a maioria dos atores se encontram, em algum momento da vida, com as desilusões da carreira.
- Que lição a peça propõe deixar ao público?
A peça propõe deixar ao público uma grande reflexão da grande dificuldade que é fazer teatro no Brasil.
*Teatro Cândido Mendes – Rua Joana Angélica, 63, Ipanema/RJ.
Sextas, sábados e domingos, às 20h.
Na Estante
‘Prólogo, ato, epílogo’
São noventa anos de uma história cercada de superações, determinação, paixão e desafios. Fernanda Montenegro abre o coração e apresenta sua trajetória de vida desde seus antepassados com tamanha franqueza de alma que chega a comover o leitor. Não esconde nada, traz à luz a vida de uma pessoa comum que foi encontrando seu caminho, buscando escrever sua história, mostrando-se. A cada parte do livro mais encantado fica o leitor, não só por conhecer os caminhos traçados por Fernanda, mas por poder sentir o traço forte de uma mulher que lutou, desbravou, que não perdeu a sensibilidade e a esperança no que sempre acreditou. Além do registro incrível da história viva do teatro brasileiro que se confunde integralmente com a de Fernanda. Uma declaração de amor ao teatro. A simplicidade e a generosidade são marcas que se destacam em seu caráter e no livro torna-se quase palpável. Para além da atriz excepcional que dispensa maiores comentários, pode-se encontrar uma Fernanda iluminada, dona de uma história inspiradora.
‘Onde é que eu estou?’
Falar de Heloisa Buarque de Holanda é preciso muito fôlego, não é uma tarefa fácil. Profissional pioneira e vanguardista, detentora de características ímpares, sempre além de seu tempo, Heloísa completa oitenta anos de uma riqueza profunda. Trilhou o caminho da pesquisa, de entender o seu tempo, de alinhar a sua geração ao pensamento crítico. Fez tudo isso e muito mais com excelência. Para a celebração desta data marcante, o livro ‘Onde e que eu estou?’ reúne textos de sua autoria em diferentes fases de sua carreira e vida passando por uma análise sobre literatura e a poesia marginal, os caminhos e descaminhos da literatura digital e suas leituras no campo dos estudos culturais. Ele é múltipla, inquieta, descobridora, crítica, enfim uma mulher muito a frente e que continua atuante, curiosa, antenada, fugaz. Uma referência. O livro é um feixe luz que chega em ótimo momento.
Umas Palavras
‘Somos Artistas’
Para ficar precisa ser por inteiro,
Para ficar precisa ser verdadeiro,
Para ficar precisa ser forte,
Para ficar precisa replanejar o tempo,
Para ficar precisa rever metas,
Para ficar precisa querer mudar,
Para ficar precisa vencer o passado,
Para ficar precisa vir sem medo,
Para ficar precisa ser único.
Para ficar precisa crescer, caso contrario, nem arrisque brincar de realidade pois os sonhos sempre ficarão na gaveta do passado e nessa gangorra do ir e vir acabará se perdendo no caminho da dúvida.
Não precisa vir, só venha se for para ficar e fazer sua história. Hoje, importante se posicionar e fazer eco, não precisa vir para deixar figurinos pelo caminho, nessa estrada só existe um caminho e somos responsáveis pelas nossas escolhas. Aqui, somos por inteiro e metades não preenchem os vazios deixados e as verdades brotam sempre dentro de todas as mentiras bem executadas, aqui, o vazio tem voz e reluz em cada olhar bem trocado.
O chão não é solido, ele troca de cenário constantemente e todas as noite repete o nada igual do momento vivo e vivido.
Somos assim, somos Seres Humanos que bebemos com o coração e alimentamos a alma com o olhar e o gesto do outro, o corpo está a cargo do outro, dos outros para os outros, somos inteiros e metades não nos completam, somos artistas.
Bia Oliveira
Atriz, Diretora e Professora
Boas da Cultura
III Festival Biarte de Cenas Curtas visa apresentação de cenas curtas por atores profissionais, amadores, estudantes, com textos próprios ou não. O festival conta com um juro especializado, oportunidade em que os atores têm de apresentar seus trabalhos a profissionais qualificados. Os temas são livres. Inscrições ate 20-11.
Informações : @coletivobiarte / [email protected]
‘Os sentidos da forma’ exposição que apresenta trabalhos pretendem expandir seus territórios e ultrapassar a sua condição utilitária, revelando valores e significados potentes.
Centro Cultural Light – Grande Galeria / Av. Marechal Floriano, 168, Centro, Rio de Janeiro
Visitação: De segunda a sexta-feira (exceto feriados) / Entrada franca.
De 9h às 17h
’Orquestra Sinfônica Brasileira’ apresenta “Os encontros musicais de Bertolt Brecht’ com Kurt Weill, Paul Dessau e Hans Eisler” estão no repertório do concerto que terá regência do maestro Tobias Volkmann e participação da mezzo-soprano Carolina Faria e do barítono Lício Bruno como solistas.
Teatro Riachuelo : Rua do Passeio, 40 / Cinelândia (RJ)
Única Apresentação : dia 19 de novembro, às 20h.
III Festival Biarte de Cenas Curtas visa apresentação de cenas curtas por atores profissionais, amadores, estudantes, com textos próprios ou não. O festival conta com um juro especializado, oportunidade em que os atores têm de apresentar seus trabalhos a profissionais qualificados. Os temas são livres. Inscrições até 20-11.
Informações : @coletivobiarte / [email protected]
‘Turmalina 18 – 50’ , espetáculo da Cia Cerne, marca o cinquentenário da morte do principal líder da Revolta da Chibata, João Cândido Felisberto, conhecido como Almirante Negro, ocorrida no Rio de Janeiro em 1910 e resgata a sua. O titulo da peça refere-se ao ultimo endereço de João Cândido. O espetáculo refaz os caminhos percorridos pelo líder como forma de celebrar sua história e combater o apagamento de sua memória.
20 DE NOVEMBRO – SESC São João de Meriti, 19h – Av. Automóvel Clube, 66 – Centro, São João de Meriti
21 DE NOVEMBRO – Praça da Matriz, 16h – Centro, São João de Meriti – Aberta ao público
22 DE NOVEMBRO – Paço Imperial, 18h30 – Praça Quinze de Novembro, 48 – Centro, Rio de Janeiro – Aberta ao público
-7 e 8 DE DEZEMBRO – Gomeia Galpão Criativo, 19h30 – R. Dr. Lauro Neiva, 32 – Jardim Vinte e Cinco de Agosto, Duque de Caxias
*‘Roots’ promove o diálogo entre a dança de rua contemporânea e o balé clássico, com Thiago Soares (primeiro bailarino convidado do Royal Ballet e Londres) e Danilo D’Alma ,bailarino e coreógrafo reconhecido no cenário das danças de rua do Rio.
CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Teatro da CAIXA Nelson Rodrigues
Endereço: Av. República do Chile, 230, Centro (Metrô e VLT: Estação Carioca)
(Entrada pela Avenida República do Paraguai).
Sexta e sábado, às 18h, e domingo, às 17h.
Maratona de “A Alma Imoral” – exibição do filme e da peça, seguidos de debate com Nilton Bonder (autor do livro), Amir Haddad (supervisor da peça), Silvio Tendler (diretor do filme) e Clarice Niskier atriz e adaptadora da peça.
Teatro OI Casagrande, Leblon/RJ,
Rua Afranio de Melo Franco
Dia 18 de novembro, às 20h
Única Apresentação
Programação:
18h15 – o filme de Silvio Tendler;
20h30 – a peça de Clarice Niskier;
21h45 – o debate com Nilton Bonder, Amir Haddad, Silvio Tendler e Clarice Niskier.
‘Monstros’ espetáculo musical, com um texto que busca refletir sobre as crueldades ocultas nas relações familiares. Cláudio Lins e Soraya Ravelle vivem um pai e uma mãe e seus respectivos filhos, em um arco dramático que vai do orgulho ao desespero.
Teatro Petra Gold : Rua Conde de Bernadote, 26 / Leblon
Quartas às 20h
*‘A vida Passou por Aqui’, uma bela história de amor e amizade entre um homem e ma mulher de classes sociais diferentes. Peça que já esta em cartaz com muito sucesso de público e crítica. Com Claudia Mauro que também assina o texto e Edio Nunes.
*Teatro Petra Gold / sala Marília Pera – Rua Conde de Bernadote, 26
Segundas e Terças às 20h
*‘Linda! – uma homenagem à Linda Batista’ show com a cantora e atriz Adriana Quadros em homenagem a cantora Linda Batista no ano das comemorações de seu centenário . Linda Batista teve uma carreira profícua e foi por onze anos eleita a Rainha do Rádio.
Teatro Prudential – Rua do Russel, 804, Glória, Rio de Janeiro
Únicas Apresentações: 27 de novembro e 04 de dezembro de 2019, às 20h
‘Encontros Musicais’, reúne o pianista e compositor Francis Hime, com Olívia Hime, e juntos apresentam algumas de suas mais famosas canções e o processo de criação por trás delas. No formato de palestra-show, Francis dialoga com a plateia ao apresentar cada uma de suas composições, tendo como referência o livro Trocando em miúdos as minhas canções.
Teatro da UFF (Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói, Rio de Janeiro)
Única Apresentação : 24 de novembro / domingo, às 19h30
‘Folcloreando’, espetáculo infantil baseado nas obras de Monteiro Lobato,, com Beatriz Pedroso, Carol Leipelt, Elis Loureiro, Eric Paixão, Gabi Levask, Igor Leão, Larissa Fernandes, Luisa Cuns e texto e direção: de André Breta.
Teatro da UFF – Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói
Sábados e domingos, às 16h
*‘Interferências’ , do Oi Kabum!Lab, mostra que conecta as criações multimídia de arte e tecnologia de mais de 70 artistas das periferias do Rio. Com temáticas e linguagens variadas, as obras foram todas produzidas durante o Laboratório de Intervenções Artísticas do Oi Kabum! Lab, centro de cultura digital que é ponto de encontro e resistência da juventude popular carioca.
Informações: Site: http://oikabumrio.org.br/site/lab-iu/
*‘Aquilo que acontece entre nascer e morrer” a parir dessas indagações surgidas com a notícia da morte trágica de seus pais, que o diretor e ator Fabrício Moser desenvolveu seu novo trabalho cênico, colocando no horizonte da criação artística as vozes do passado, do presente e do futuro, os documentos e a memória do ator, dos colaboradores e do público.
Casa Quintal de Artes Cênicas : Rua Sílvio Romero, 36 – Lapa.
Sábado e domingo – 20h
‘Roda Viva’, texto de Chico Buarque atualizado para o Brasil de 2019 narra a trajetória, de ascensão e queda, de Benedito Silva vivido por Roderick Himeros, cantor e compositor de sucesso. O personagem é inventado e manipulado pela máquina político-midiática. A trama se desenvolve pelas intervenções do Anjo da Guarda e do Capeta.
Cidade das Artes : Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca, – RJ
Sextas, 20h Sábados e domingos, 19h
‘Egito antigo – do cotidiano à eternidade’ considerada uma das maiores civilizações da história da humanidade, por meio de um amplo panorama sobre o cotidiano, a religiosidade e os costumes ligados à crença na eternidade, o recorte reúne esculturas, pinturas, objetos, sarcófagos e até uma múmia, vindos do Museu Egípcio de Turim, segundo maior acervo egípcio do mundo, além de instalações cenográficas e interativas que permitem uma viagem ao tempo dos faraós.
Centro Cultural Banco do Brasil : Rua Primeiro de Março, 66, Centro – RJ / 1º andar e Térreo
‘Vaivém’ exposição que investiga as relações entre as redes de dormir e a construção da identidade nacional no Brasil com cerca de 300 obras de coleções públicas e privadas. Caracteriza-se pelo caráter trans-histórico, reunindo artistas de distintos contextos sociais, diferentes períodos e regiões do País, que refletem sobre permanências, rupturas e resistências na representação e nos usos das redes de dormir na arte e na cultura visual brasileiras.
Centro Cultural Banco do Brasil: Rua Primeiro de Março, 66, Centro –R/2º andar e térreo
*‘O amor como revolução’ é um desafio necessário em nossos tempos, trata-se de um chamado para transformarmos o amor em atitudes concretas que ultrapassam nossa própria existência. A peça narra a vida de um caminhante, peregrino e viajante ao teatro para demonstrar o poder renovador do amor. O monólogo passa por lembranças singelas da infância, a descoberta de uma doença grave que apresenta o desamparo da vida, a conquista da negritude como afirmação de potência revolucionária e o apontamento de um mundo atravessado por um amor ético e emancipador.
Teatro Carlos Gomes : Praça Tiradentes nº 19 – Centro RJ
Quinta a domingo, às 19h
*‘O Despertar da Primavera’ é uma adaptação da versão da Broadway de 2006, um eletrizante musical de rock. Baseado na obra de 1891 do dramaturgo alemão Frank Wedekind, um dos precursores do movimento expressionista, o espetáculo aborda o universo de um grupo de adolescentes que vivenciam situações de descoberta pessoal, despertar sexual e opressão, entre outras questões.
Theatro Net Rio – Rua Siqueira Campos , 143 / Copacabana
Sexta 20h, sábado 19h, domingo 19h
‘Circo Voador’:
SKANK / Sexta e Sábado, 22 e 23/11
ELZA SOARES – Lançamento ‘Planeta Fome’/ Sexta, 29/11
BAIA + FESTA DA LATA / Sábado, 30/11
Abert.: Luis Carlinhos
Part.: Gabriel Moura
Circo Voador : Arcos da Lapa s/ nº
*‘Casa de Barro’, espetáculo de dança com atuação Márcio Cunha, que evoca a animalidade e a espiritualidade na desconstrução e reconstrução do corpo do interprete em contato com as metáforas e metamorfoses do barro.
Sesc Copacabana – Mezanino/ Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana – RJ
Quinta a domingo às 20h
‘Crocodilagem’, conta a história de um encontro improvável. Com delicadeza e humor, o público irá reconhecer o nascimento de uma amizade nessa situação inusitada, abrindo uma reflexão sobre as possíveis causas dessa relação. Com atuação de Dani Brescianini e Pablo Diego Garcia e direção de Cláudio Torres Gonzaga, que também assina o texto.
Teatro PetroRio das Artes -Rua Marquês de São Vicente 52 – Gávea.
Sexta e sábado 21h e domingo 20h.
As peças com * disponibilizam convites ao leitor que devera enviar email pra : [email protected] e informar porque gostaria de assistir a peça, nome completo e ID. Os contemplados receberão as informações via email. Sempre por ordem de envio.
Apoio Institucional : Fundação Cesgranrio