por Lu Catoira
O termo francês, trompe-l’oeil (engana-olho), é uma técnica artística que, com truques de imagem e perspectiva, cria uma divertida ilusão de ótica mostrando objetos ou formas que não realmente não existem.
Muito usado na pintura e na arquitetura o efeito surgiu na moda na década de 30 pelas mãos da estilista italiana Elsa Schiaparelli, amiga de artistas do movimento surrealista, como Salvador Dali.
o trompe-l’oeil, ao longo dos anos ganhou muitas reinterpretações e a tendência que volta as lojas e passarelas foi incorporado à moda para simular elementos através de desenhos que imitam cortes, laços, babados, botões, jóias, cachecol, mochilas, suspensórios ou coletes. Enfim, tudo mais que a imaginação do estilista permitir. Os truques podem alterar também com o corte e a modelagem – listras, em posições estratégicas, podem dar a impressão de afinar a cintura e redesenhar o formato do corpo.
Podemos ver que o efeito é um ótimo recurso para os tempos de crise pois, através de interferência de estampas, reduz o custo de tecidos, aplicações, bordados e acessórios. A técnica é utilizada principalmente nas peças clássicas da moda que, com liberdade criativa, dá uma sensação do quanto a moda pode ser divertida.
Além de ser utilizado como recurso para dar graça às criações, a técnica também pode ser uma boa saída evitar criar volume numa produção. Um grande laço amarrado em um vestido pode ser demais, porém, se o laço for desenhado, ele não cria volume e traz o efeito desejado. O mesmo vale para lenços e colares grandes.
Quem ama os efeitos trompe-l’oeil, terá sempre um elemento bem humorado no visual que despertará no meio social uma curiosidade de entender o que há impresso ali e decifrar as mini-surpresas da moda.
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