por Anna Ramalho
Se há alguém neste mundo que me inspira é a Rainha Elizabeth. Acho o máximo e estou vibrando com todas as comemorações por seus 70 anos de reinado, o mais longo da história do Reino Unido. Desde criança sou fascinada pelas imagens e símbolos da realeza, algo tão distante de nós (aliás, a cada dia mais) – porque mesmo quando tivemos monarquia, ela jamais teve o fausto inglês.
A Rainha sempre me impressionou por sua extrema dignidade e impressionante profissionalismo – há que ter disciplina férrea, além da educação requintada, para cumprir como ela, à perfeição, todo aquele minueto da corte, e ainda estar atenta e soberana às questões de Estado.
Neste fim de semana, me dediquei a ela, a verdadeira English Rose, que, aos 95 anos, guarda as cores e a vivacidade da flor que tão bem representou em sua juventude. Assisti a um excelente documentário no GNT – “Elizabeth: a Rainha por Trás da Coroa”, que terá mais dois episódios nos próximos domingos – e voltei à Netflix para rever a temporada 4 de “The Crown”, dos melhores programas do streaming.
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Sua vida é fascinante porque, apesar das aparências, é imperfeita como a de todos nós . Alegrias e aporrinhações; risos e lágrimas; momentos relax e horas de tensão – e quase sempre ela não pode mostrar que está aborrecida, de mau humor, indisposta, cansada ou alegre demais, de pileque, descalça, de calcinha e sutiã. Isso deve ser chatíssimo. Pior só conviver com os desmandos do clã, suas paixões, suas taras, suas inconveniências.
Só posso admirar quem tem que rebolar dessa maneira pra viver. Mas ela, não apenas vive, como encara aquela obrigação tremenda com sorriso discreto, luvas, bolsa, chapéu e aquelas magníficas joias.
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Imagino que ela teve de engolir um caminhão a seco para designar aquele tribufu da Camilla como rainha consorte. Camilla Parker-Bowles é a porção que não entendo no enredo todo. O que será que ela tem pra ter enlouquecido o Charles – sempre uma cara de pastel frio – do jeito que enlouqueceu? Abafa!
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A Família Real no balcão de Buckingham
Eu gostaria – e suponho que Lilibet também, ainda que no silêncio de seu travesseiro – que sua coroa passasse diretamente para o neto William e sua bela Kate, os chiquérrimos e lindos Duques de Cambridge. Seria mais justo e sonhar não custa nada.
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Lilibeth e seus cães: uma paixão
Outra coisa que me enternece na Rainha: sua paixão pelos animais, especialmente os cães. Amo cachorros, não pode haver melhor companhia, não pode haver amor mais desinteressado. Aquele bando de Corgis que precedem Sua Majestade dizem bem quem ela : a líder de um bando ruidoso, alegre e fiel. O que ela certamente espera ter em seus súditos, né, não?
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Meu pai, que viveu anos na Inglaterra, dizia que não pode haver crianças mais lindas do que as inglesas. Até a adolescência, quando, via de regra, todos viram uns pavores. Comprovado: quem quiser verificar, veja no documentário do GNT, os príncipes Charles, Anne, Andrew e Edward bebês – e agora. Choca!
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A Rainha e seu grande amor, o Príncipe Phillip
70 anos de reinado, 95 anos de vida.
Long live the Queen!
God save the Queen!
Love you, Elizabeth.