O filme Em três atos, com roteiro e direção de Lucia Murat, vai ser exibido amanhã, às 19h, na Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ). Trata-se de um ensaio poético sobre o ciclo da vida. Após a sessão, haverá debate com o tema “A velhice contemplada”, com a diretora e com a psicanalista Sônia Eva Tucherman, com coordenação de Luiz Fernando Gallego, responsável pelo ciclo Psicanálise e Cinema da SBPRJ.
Sinopse:
“Quando uma intelectual de 80 anos é confrontada com questões da velhice e da morte, ela se vê 30 anos antes enfrentando a morte de sua mãe. De forma poética, “Em Três Atos” contrapõe dança contemporânea, através de uma bailarina de 85 anos e uma jovem bailarina em seu auge, com diálogos inspirados nos escritos de Simone de Beauvoir sobre a velhice e a morte. O projeto pretende revelar a crueza de um corpo velho, e lida com a diferença entre a experiência de perder alguém para a morte e o medo de morrer. “Em Três Atos” é um filme sobre o ciclo da vida, que trabalha o “corpo” através do espetáculo de dança contemporânea e a “palavra” a partir de textos de Simone de Beauvoir, uma das intelectuais que mais refletiu sobre o tema do envelhecimento e da morte. Protagonizado por Angel Viana, um dos ícones da dança contemporânea nacional e que se apresenta no palco aos 85 anos, e Maria Alice Poppe, uma jovem bailarina no auge de seu vigor, o espetáculo de dança consegue contrapor sem clichês esses dois corpos. No papel da intelectual aos 80 anos, que reflete sobre a velhice e a morte hoje está Nathalia Timberg e essa mesma intelectual, aos 45 anos, que vive a dor da morte da mãe, é interpretada por Andrea Beltrão. Com uma proposta poética e lírica, “Em três atos” é um filme que trata de questões densas sob uma nova ótica.