por Marina Sprogis
Mais uma temporada de desfiles internacionais que se termina, mais lição de moda e da evolução dos desejos femininos.
Paris é sempre uma festa, com shows incríveis e empolgantes.
Hoje não vou falar de desfiles específicos, acho que quem me segue já viu minhas impressões imediatas pelo Facebook.
Ou de blogueiras que postam o tempo todo sobre a fashion week de Paris.
Vou falar de uma tendência para o verão, de um” l’air du temps”, de um desejo das mulheres mais jovens nessa época de crise, não só econômica mas também de valores e espiritualidade.
As tendências são inúmeras e vou analisar uma por uma daqui pra frente, mas a sensação que rolou foi de um romantismo um pouco perverso.
Um romantismo à la Sade, com um ar dândi decadente.
Transparências e frous-frous nada convencionais.
Isso não só nos desfiles alternativos, mas em todas as grandes grifes também.
La femme libertine.
Grande inspiração. Transparência, lingerie, armas da mulher atual.
Romântica e transparente. Alexander McQueen.
vestido quase combinação da vovó. Sexy e provocante. Celine.
Na Chloé, um vestidinho alto verão com inspiração de lingerie vintage. Lindo e romântico.
Dior transparência delicada um sexy à l’ancienne”.
Street fashion inspiração no desfile Dries van Noten. Tatuagens e sutiã shocking.
Lanvin: um show quase poema sobre a dualidade da mulher.
Vuitton com uma moça angelical quase vestal, com detalhes sado- masoquistas.
Princesa decadente na Miu Miu.
O desfile Saint Laurent foi o retrato dessa nova geração de mulheres sem definição. Nem anjo nem demônio.
Rendas pretas transparentes e couro com tachas. Um romantismo atual e com um mix tribal no Valentino.
Chez Yohji uma pobre garota rica……
Moda não é só cartela de cores e estruturas, comprimento de saias e larguras de calças.
Moda é também e acima de tudo um estado de espirito .
Viva a crise, pois ela esta’ ai e vai ficar…..
bisous
marina
Marina Sprogis Fotógrafa de moda e jornalista. blog: http://www.marinasprogis.blogspot.com/