por Rogeria Gomes
Recriar um sucesso não parece ser um trabalho fácil, ainda mais, tratando-se de um sucesso absoluto. O Mistério de Irma Vap está entre esses sucessos que chegou ao guiness por ter ficado onze anos em cartaz com mesmo elenco. Um elenco admirável; uniu dois dos maiores atores brasileiros em cena: Marco Nanini e Ney Latorraca, dirigidos por Marília Pêra, exímia das artes cênicas. Desta vez sobem ao palco outra dupla de craques, os atores Mateus Solano e Luiz Miranda. Esta versão conta com a direção de Jorge Farjalla, inspirada em um parque de diversões. Outra novidade é a presença de quatro atores que ajudam as trocas de figurino dos atores e executa parte da trilha sonora ao vivo, o que auxilia o desenvolvimento da trama. São ótimas presenças cênicas. O texto é um clássico americano de Charles Ludlam, de 1984, que o construiu como uma paródia de um filme de terror. A peça narra a história de Lorde Edgar Montepico, que espera com entusiasmo a chegada de sua nova mulher, Lady Enid, fruto de uma fulminante paixão. No entanto, a criada Jane, leal à ex-patroa, já morta, não admite a possibilidade de que alguém substitua Irma Vap, a falecida mulher de Lorde Edgar. Esse é o tema central da peça, que claro, é recheada de humor. Mateus Solano e Luiz Miranda são excelentes atores e com a expertise necessária para encenar com a agilidade exigida por seus personagens, garantindo as cenas de humor muita propriedade. Aliás, esse é o ponto chave da peça; a capacidade de ambos de interagir com o público e atuar com precisão. Em alguns momentos acontecem piadas marcadas, mas funcionam, na maioria das vezes. É um texto ágil, por isso, exige dos atores eficiência no tempo de atuação, o que eles fazem muito bem. O cenário remonta a ideia central do texto original, no entanto, funciona nesta versão com base em um trem fantasma, utilizado de forma manual, artesanal, dando mais veracidade à proposta, executado pelos quatro atores que integram o elenco. O figurino tem sete trocas de roupa que transitam desde a era medieval até David Bowie, todas acontecem diante do público, uma opção também do diretor. A iluminação propõe diferentes e vários efeitos que auxiliam a narrativa, trazem um clima especial às cenas. Respondem pelo cenário Marco Lima, figurino Karen Brusttolin e iluminação César Pivetti. Esta versão inova praticamente em tudo, atualiza situações, mas permanece fiel ao texto inicial, o que torna o espetáculo original.
Em cartaz no Teatro Oi Casa Grande até 28-07. Segue temporada em Uberlândia e Salvador.
Bate Bola Com Kiko Mascarenhas
‘Todas as Coisas Maravilhosas’
- Sua trajetória comporta teatro, televisão e cinema. No teatro você atua desde 1984. O que te moveu a essa carreira?
A necessidade de me expressar, eu acredito. Quando garoto e adolescente eu desenhava, pintava, fazia colagens. Era, na época, a maneira de me expressar. Mas era uma forma muito solitária. Quando entrei em contato com o teatro, percebi que tinha encontrado meu caminho, a minha turma. O teatro, o cinema e a televisão me deram grandes amigos, uma nova família. E eu não estou mais só.
- Já teve oportunidade de compor personagens infantis. Vê alguma diferença em atuar para este público e o adulto? Caso haja, qual seria?
Sim, comecei a carreira fazendo muitos espetáculos para o público infantil e aprendi muito. Ao contrário do que se pode imaginar, fazer teatro infantil é um desafio imenso, porque a criança não se deixa enganar: ou ela gosta ou não gosta do que está assistindo. Muitas vezes o público adulto assiste a uma peça mesmo sem gostar. As crianças, não. Se a história não é interessante para elas, a dispersão é garantida. Mas quando a criança embarca na viagem que o teatro proporciona, é lindo de ver. O teatro infantil é a porta de entrada para a formação das futuras platéias. Levar as crianças ao teatro é investir numa nova geração, estimulando a imaginação, a sensibilidade e um olhar poético para as coisas do mundo.
- No momento está em cartaz com a peça ‘Todas as Coisas Maravilhosas’, texto dos ingleses Duncan MacMillan e Joe Donahue, inédito no Brasil. É um texto que trata de um assunto delicado e pouco falado, o suicídio, em especial no teatro. O que te chamou atenção para montar o texto? Teve algum receio pelo tema?
Quem me chamou a atenção para a importância desse texto foi meu super parceiro de trabalho, o Diego Teza, que é um grande estudioso e tradutor de teatro. Eu comecei a ler sobre as questões levantadas na peça, como depressão e suicídio e percebi que eram assuntos que são normalmente evitados, de uma maneira geral, mas que precisavam ganhar voz. Meu desejo de poder falar sobre esses temas foi maior do que o medo de lançar luz sobre essas questões. Acho que a peça trata tudo com muita leveza, sensibilidade, com humor. Estranho imaginar esses temas abordados dessa maneira, mas é assim que acontece nesse texto: o afeto costura a história e a relação entre ator e público. Placo e platéia se une para, juntos, construir a narrativa. E, assim, a cada noite, temos um espetáculo verdadeiramente diferente, novo.
- Trata-se de um monólogo. Já havia feito algum antes? Como está sendo essa experiência?
Nunca tive a intenção ou a pretensão de fazer um monólogo. Não planejei isso. Mas quando Diego Teza me apresentou essa peça, eu percebi que estava diante de uma peça importante, cheia de possibilidades e que eu não estaria sozinho. Eu conto junto com o público, essa história.
- A peça conta com a participação do público, é um facilitador ou exige mais de você?
A participação do público é essencial para a construção da narrativa e acontece de forma muito delicada, respeitosa e espontânea. Sou surpreendido todas as noites e isso é um grande estímulo. Fico aberto a todo tipo de interação, sou atravessado pela maneira como as pessoas interagem comigo, como me olham, como expressam seus sentimentos. É uma experiência muito viva, deliciosamente imprevisível e que exige de mim estar aberto a todas as possibilidades, mas ainda assim, seguindo o texto e contando a história.
- Qual o ponto alto do espetáculo?
Acho que é quando, ao final dos 65 minutos de apresentação, nós, eu e a platéia, nos damos conta de que o que aconteceu ali, naquele breve período de tempo, foi uma experiência única, que jamais se repetirá. Temos um espaço vazio, uma história divertida e comovente sendo contada, a interação entre ator e público (que o meu amigo Lazaro Ramos nomeou carinhosamente de teatro de aproximação) e a reflexão sobre o que realmente vale à pena nessa vida. Uma lista imensa de coisas maravilhosas, motivos pelos quais vale à pena continuar vivendo.
* Teatro Poeirinha : Rua São João Batista, 104 – Botafogo
Sextas e sábados às 21h / Domingo às 19h
Umas Palavras
ORATÓRIA NA CONTEMPORANEIDADE
Falar em público é comum e todos nós o fazemos, bem ou mal. Comunicar é tornar comum e, sobretudo, compartilhar ideias por meio das palavras, ou código inteligível aos agentes e pacientes da ação. Curioso é que o adjetivo comum refere-se àquilo que pertence a todos, ou seja, a “Arte de Falar em Público” pode ser desenvolvida por todas as pessoas. Na Grécia antiga, esta arte milenar era usada por grandes pensadores gregos, como os sofistas, cujos discursos eram criados, fundamentalmente, para arrebatar o público por um viés político e impregnado de contextos retóricos. Nesta época, uso da eloquência não era comum a todos, mas à minoria que tinha prestígio social. O que torna este recorte histórico interessante é que a ruptura com o senso comum aconteceu justamente no berço da civilização moderna, ou seja, na própria Grécia. É emblemático o fato de que um dos maiores oradores da história da humanidade, o ateniense Demóstenes, era gago e venceu a gagueira por meio de técnicas bem rudimentares, usando pedras (seixos) na boca ao declamar. Tal acontecimento nos leva a refletir e, consequentemente, confirmar que a oratória está ao alcance de todos.
Barreiras para impedir a ação de falar com propriedade não faltarão aos mais eloquentes oradores, pois é desafiador estar diante do público e perceber a tamanha responsabilidade de empregar bem a palavra, na intenção usar corretamente os instrumentos da comunicação verbal e não verbal; estar pleno no momento de comunicar-se em público, é usar os recursos verbais (fala, voz, palavra) e não verbais (gestual, semblante, etc.) de forma harmoniosa. Entre as barreiras que interferem no bom aproveitamento discursivo encontramos a disfluência verbal, medo da exposição, subserviência excessiva aos interlocutores, entre outros entraves que não permitem o SER orador.
Mas precisamos rever alguns conceitos sobre esta arte milenar. Não dá para ficar remontando a Ágora Grega em pleno século XXI, numa sociedade em que a releitura dos valores é iminente e, consequentemente, o lugar de onde se fala vai modificar, é claro. É preciso falar com simplicidade e clareza, além de perceber que um discurso pode ser impactante quando priorizamos a alteridade, ou seja, a importância do outro nesta relação dialógica. É importante, portanto, romper com conceitos habituais, usando técnicas que estimulem o autoconhecimento e a descoberta da boa fala no interior de cada indivíduo. Tais técnicas podem e devem ser eficientes, sem fórmulas prontas, promovendo um verdadeiro encontro com a essência desta ARTE tão estudada e aplicada pelos nossos antepassados gregos. Desmistifiquemos, então, o falar em público com o uso de padrões engessados, que mais servem para anular a espontaneidade do orador, do que estreitar, de fato, uma relação com o público por meio de um diálogo acessível a todos. A oratória acontece nas mais simples formas e maneiras de se comunicar. Não necessariamente quando se está diante de um público numeroso. Podemos usar as técnicas, diariamente, pensando a importância da voz, da fala, do corpo e da mente nesse grande processo das relações pessoais, interpessoais e intrapessoais que acompanham o ser humano há milênios.
Prof. Milton Costa Júnior / Oratória
Na Estante
‘Uma Furtiva Lágrima’
Nélida Pinõn está entre o que há de melhor na nossa literatura, não há sombra de dúvidas. Para as mulheres, um plus. Enche-nos de certeza que não somos o sexo frágil como querem nos impor.
A cada novo trabalho a escritora traz olhares atentos, sensíveis, instigantes e assertivos, não importa o tema. Neste título não é diferente. Conduz o leitor por várias e diferentes histórias cercadas de memórias e lembranças, com uma capacidade singular em sua forma de narrar, o que ela faz como ninguém. São pequenas histórias recheadas de sabores, às vezes amargos, que ela permeia com humor e compreensão do humano, que por meio de sua literatura encontra outra dimensão.
O livro foi concedido em um momento delicado de sua vida, em que foi sentenciada que um breve tempo de vida lhe aguardava. Não sucumbi. Resistiu, enfrentou, escreveu. E como escreveu!
Assim, nasce Uma Lágrima Furtiva, que permite ao leitor um passeio por muitas emoções entre seus escritos. Conhecer e reconhecer à escritora em sua escrita é uma riqueza, e para além, nos remete ao melhor estilo literário; aquele que lemos querendo mais. ( Ed. Record)
Dicas Literárias
‘Eu sei’ – Percio Mina retrata no livro a vida de Ronaldo Silva de Oliveira, filho do reconhecido compositor Cartola, com Dona Zica. O livro é narrado por Ronaldo relembrando sua história e a influencia de seus pais em sua formação, especialmente de Cartola que o abraçou desde que menino e as lições que teve com ambos, além do amor que desenvolve pela samba Estação Primeira de Mangueira. ( Ed.Conexão 7)
‘Uma História e Uma História’ – Reunião de contos a quatro mãos por Ana Gibson e Juliana Franklin que prioriza a arte da palavra. Contos esses com ampla variedade de assuntos, quase sempre, reflexivos Exploram universos bastante distintos, mas às vezes próximos, deixando ao leitor a curiosidade instigante do bom conto. ( Ed. Folio Digital)
Boas da Cultura
* ‘ABBA – People Need Love’, permite ao público curtir os clássicos da banda que marcou a geração dos anos 70, como “Dancing Queen”, “The winner takes it all”, “Voulez-vouz”, “SOS”, “Gimme! Gimme! Gimme!”, “I have a dream”. O ABBA dominou as principais paradas de sucesso no mundo, entre a segunda metade da década de 70 e o início dos anos 80, sendo muito conhecido por seu visual moderno e divertido.
Teatro Cesgranrio: Rua Santa Alexandrina, 1011, Rio Comprido
De sexta a domingo, até o dia 28 de julho, sempre às 20h
R$ 15 para Rio de Cultura, que contempla moradores do Rio
*‘Procópio’, espetáculo Idealizado por Kadu Garcia e Paulo Giannini, atores da peça, dirigidos por Dani Barros, com texto de Carla Faour, que reforça a importância de falarmos de arte nestes tempos. Moradores de uma praça são afetados por um “decreto” que muda a vida de todos – toda e qualquer manifestação artística está proibida. A tensão da convivência forçada e suas opiniões divergentes sobre a ordem estabelecida provocam situações que vão revelando – com humor, poesia e humanidade – as mudanças na vida desses dois homens.
Teatro Firjan SESI Centro : Av. Graça Aranha, nº 01 / Centro
Segundas e Terças-Feiras – 19h
Preços Populares
‘Exposição Galáxias’ – As potências poéticas da vida comum. A coletiva é um projeto de exposição experimental, com equipe curatorial compartilhada com o curso de graduação e pós em Artes da UFF. Expressa a potência das poéticas
artísticas abordando a diversidade de pensamento, modos de existência e da sensibilidade às questões urgentes da contemporaneidade que permeiam essa produção.
Locais: Galeria de Arte UFF Leuna Guimarães dos Santos e Espaço UFF de
Fotografia Paulo Duque Estrada – Centro de Artes UFF:
Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí – Niterói/RJ.
Segunda a sexta, das 10h às 21h, e aos sábados e domingos, das 13h às 21h
‘Chico Lobo’, um dos mais destacados violeiros do Brasil, com trabalhos de reconhecimento inclusive no exterior, lança no Rio de Janeiro o CD ‘Sagração’, em única apresentação com participações especiais dos cantores Verônica Sabino e Wander Lourenço. Sagração é um trabalho singular e merece ser apreciado.
Única Apresentação : 05 de julho ( sexta-feira ) , às 20h
Centro da Música Carioca Artur da Távola
Rua Conde de Bonfim, 824 / Tijuca
*‘Para Não Morrer’, solo da atriz Nena Inoue propõe temáticas femininas e feministas atreladas a questões políticas, especialmente da América Latina, através de histórias de mulheres de resistência que transformaram o meio e as pessoas com as quais conviveram. A dramaturgia é do curitibano Francisco Mallmann obra Mulheres, do escritor uruguaio Eduardo Galeano. Em curta temporada.
Teatro Laura Alvim : Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema
Sextas e Sábados às 20h e Domingo às 19h
‘Tudu Nossu’ evento de hip hop que agrega atrações culturais para o público adolescente, promove uma experiência de rua a que eles não têm acesso. Está é a terceira edição, que acontecerá no mesmo lugar das anteriores, no Espaço Cultural Olho da Rua , no entanto, contando com uma novidade que promete enlouquecer ainda mais a galerinha: um show do Krawk, um dos artistas mais acessados das redes sociais, mais de 33 vezes campeão da batalha de MC´s. O evento conta com fiscalização e segurança.
Espaço Cultural Olho da Rua : R. Bambina, 6 – Botafogo/ RJ
07 de julho, Domingo
Horário: Das 15h às 21h
Informações : @tudu.nossu
Comemorando quatro anos de fundação, o grupo ‘Filhos da Guanabara’, apresenta o espetáculo ‘O Show!’ – com o casal de cantores Dani Coimbra e Adriano Serafim farão uma performance cênica interpretando trechos imortalizados nas vozes de artistas como Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, João Nogueira, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho entre outros.
Teatro Clara Nunes: R. Marquês de São Vicente, 52 – Gávea
Todas as quintas-feiras de julho, sempre às 20 horas
*O monólogo ‘O Filho Eterno’, interpretado por Charles Fricks, da Cia Atores de Laura é baseado no livro de Cristovão Tezza, e mostra a luta diária de um homem às voltas com seu filho portador da Síndrome de Down. A adaptação teatral, que foca no desafio das nossas limitações e na relação entre pai e filho, ficou a cargo de Bruno Lara Rezende com direção de Daniel Herz.
Teatro Clara Nunes: R. Marquês de São Vicente, 52 – Gávea
Sextas e sábados – 21h / Domingos – 20h
Rua Marquês de São Vicente, 52, 3º piso
O artista americano John Nicholson apresenta exposição na Galeria Patrícia Costa, depois de explorar a beleza das praias e das mulheres cariocas, o artista volta à fase abstrata utilizando cores quentes em 10 pinturas inéditas em acrílico sobre tela, priorizando o laranja, o amarelo, o vermelho, o azul, o rosa e o roxo que ficam ainda mais vibrante.
Galeria Patrícia Costa – Av. Atlântica, 4240, loja 226, Copacabana
De 27 de Junho a 18 de Julho
Horário de visitação: segunda a sexta-feira, das 11h às 19h.
Sábados, das 12h às 18h
Entrada gratuita
*A cantora Leila Pinheiro, sobe ao palco do o Teatro Rival Petrobras para o show “Extravios”, dirigido por Ana Beatriz Nogueira. Teatralidade e musicalidade se unem com requinte no espetáculo em que Leila se reveza entre o piano e o violão, em clima de recital. No repertório Caetano Veloso a Paulinho da Viola, de Rita Lee a Chico Buarque, de Adrianna Calcanhotto a Dolores Duran.
Teatro Rival: Rua Álvaro Alvim, 33 / Cinelândia
Dias 4 e 5 de julho (quinta e sexta-feira), às 19h30
*O Midrash Centro Cultural vai dar inicio ao ‘5º Festival Midrash de Teatro’, de 1 a 31 de Julho que inclui peças com temáticas tratam de questões contemporâneas como a condição social do negro no Brasil, luta feminina, transexualidade, condição carcerária, hipocrisia social, além de poesias brasileiras e portuguesas, problemáticas filosóficas, a busca pelo Ser, pluralidades regionais brasileiras, Baile Charme e outros temas que nos ajudam a pensar o Brasil.
Centro Cultural Midrash: Rua General Venâncio Flores, 184 / Leblon
De segunda a quinta, estarão em cartaz duas peças por noite, às 19h e às 20h30.
Aos domingos, serão duas apresentações únicas às 18h e às 20h.
Programação completa: (www.midrash.org.br)
* A peça infanto-juvenil ‘A Bela Adormecida’ faz uma imersão no ballet homônimo de Tchaikovscky e uma releitura da obra pelo olhar da escritora Janine Rodrigues, que assina o roteiro da peça. O propósito é estabelecer um (re) encontro com as culturas populares e erudita pouco difundidas nas escolas do Brasil e exaltar as nossas raízes e a diversidade para as novas gerações, sob direção de Alexandre Lino.
Teatro dos Quatro: Rua Marques de São Vicente, 52 – 2 piso
Sábados e domingos, às 17h ( Até 28/07)
*A partir de estudos sobre a obra de Samuel Beckett,‘O que fazemos enquanto esperamos?’, da Cia. Teatro Baixo é o primeiro trabalho do projeto “Trilogia dos Excluídos”. Com um texto de enredo reflexivo e personagens sensoriais, forjados a partir da matéria do abandono, da falta de perspectiva e da miséria. os conflitos se fazem presentes. A Cia é integrante da Rede Baixada em Cena, pretende levantar questionamentos sobre o homem contemporâneo e explicitar a atualidade da obra de Samuel Beckett.
Teatro Municipal Ziembinski – Rua Heitor Beltrão, s/n – Tijuca, RJ
Sextas e sábados, 20h; domingos, 19h.
‘A Ponte’, do dramaturgo canadense Daniel Maclvor, aborda a intimidade familiar de três irmãs separadas pela vida que se reencontram para enfrentar a morte iminente da mãe. Neste reencontro, as três vão acabar revendo seus valores, crenças e diferenças em busca da possível reconstrução de uma célula familiar há muito tempo fragmentada. No elenco: Bel Kowarick, Debora Lamm e Maria Flor. Direção: Adriano Guimarães.
Teatro II do CCBB / Rua Primeiro de Março, 66 / Centro
De Quinta a segunda – 19h30
Um dos maiores eventos de cultura multilinguagem do país, o ‘Festival de Inverno’ promovido pelo Sesc, acontece em Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Duas Barras e Três Rios, Regiões Serrana e Centro-Sul Fluminense. Entre os destaques teatrais estão o aclamado “Andança – Beth Carvalho, o musical”; o vencedor do prêmio Shell “Esperança na Revolta”; “As crianças”, do premiado diretor Rodrigo Portella; “Pelos quatro cantos do mundo”, que conta o drama de uma menina síria refugiada, e o infantil “Tropicalinha – Caetano e Gil para crianças”, com estórias e clássicos musicais do movimento adaptados para o público infantil. A Cia Renato Vieira, um dos destaques de dança, apresenta o espetáculo “Malditos”. Em literatura, a escritora Conceição Evaristo apresenta o espetáculo literário “E encontros em Contos”.
A programação de cinema conta com uma longa lista de filmes, entre eles alguns rodados em Petrópolis: o premiado “Benzinho”, Artes Visuais, o público poderá ver de perto o trabalho da artista plástica Laura Lydia, que adaptou para a Região Serrana no Rio o seu trabalho Ervas SP, intervenções com pintura e desenho em sintonia com vegetação nascida espontaneamente em espaços urbanos de São Paulo.
De 19 a 28 de julho
Os tíquetes poderão ser adquiridos pelo
hotsite www.festivalsescdeinverno.com.br
*‘Aquilo que nos Cega’ é um projeto inédito de dança-teatro livremente inspirado na peça "Macbeth", de William Shakespeare. O espetáculo, sem falas, comunica-se através da encenação, da dança, dos símbolos, das sensações e das emoções. E, traz à cena carioca, um gênero artístico muito conhecido na Europa, mas ainda pouco visto por aqui: a dança-teatro. Além do espetáculo, serão oferecidas oficinas de composição coreográfica, nos dias 4 e 11/7 (quintas-feiras), das 9h às 12h, e dias 6 e 13/7 (sábados), das 13h às 17h, ministrada pela bailarina e coreógrafa Julita Machado; e oficinas de dança-teatro, nos dias 5 e 12/7 (sextas-feiras), das 13h às 17h, e dias 7 e 14/7, também das 13h às 17h, ministrada pelo diretor do espetáculo, Judson Feitosa.
Teatro Cacilda Becker: Rua do Catete, 388
De quarta a sábado – 20h | Domingos – 19h
*‘Por que não vivemos?’, título recebido pela companhia brasileira de teatro à obra do dramaturgo russo Anton Tchekhov, inédito no Brasil, que por volta dos 20 anos, narra à história do professor Platonov foi descoberta nos arquivos do seu irmão após a sua morte e publicada em 1923. No elenco Camila Pitanga, Cris Larin, Edson Rocha, Josi Lopes, Kauê Persona, Rodrigo Bolzan, Rodrigo Ferrarini e Rodrigo dos Santos.
De quarta a domingo, às 20h
CCBB Rio – Teatro I – Rua Primeiro de Março, 66 – Centro.
Até 18 de agosto
Obs.: Não haverá espetáculo entre 15 e 23 de julho.
No concerto da ‘Série Alvorada’, a Orquestra Sinfônica Nacional UFF apresenta obras de Heitor Villa-Lobos, Ricardo Tacuchian e Claudio Santoro, com a soprano Marianna Lima como solista. Duas apresentações memoráveis marcarão as celebrações dos 74 anos da Academia Brasileira de Música (ABM)., sob a regência do maestro Tobias Volkmann. Os concertos serão realizados no dia 7 de julho, 10h30, no Cine Arte UFF, em Icaraí, Niterói; e no
dia 12 de julho, 20h, na Sala Cecília Meireles, na Lapa, Rio.
Dia 07 de julho de 2019 – domingo
Horário: 10h30
Cine Arte UFF – Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí – Niterói
Dia 12 de julho de 2019 – sexta-feira
Horário: 20h
Sala Cecília Meireles – Larga da Lapa, 47, Centro – Rio de Janeiro
No Circo Voador:
ARRAIÁ DO CIRCO COM GERALDO AZEVEDO
Part.: Chico César e Tadeu Mathias (sexta) + Júlia Vargas e Yassir Chediak (sábado)
Encerramento: Conterrâneos (sexta) e Trio Remelexo (sábado)
Abertura: Grupo Zanzar
Pista: DJ Edna (sexta) DJ Sérgio Feijó (sábado)
Sexta e Sábado, 05 e 06/07
FESTA PLOC
Sexta, 12/07
FESTIVAL PIRÂMIDE PERDIDA
Febem, Akira Presidente, Bril, CHS, El Lif Beatz, Juyé, Jxnv$ e Luccas Carlo
Sábado, 13/07
Circo Voador: Arcos da Lapa s / nº – RJ
Um extenso cardápio de atrações promete fazer a alegria dos fãs da cultura pop oriental no Rio de Janeiro. O ‘Anime Friends’, maior evento do gênero na América Latina – ganhará sua primeira edição carioca. Shows nacionais e internacionais com ídolos do pop e rock oriental, bate-papos com atores que dão vida a super-heróis, áreas temáticas e concursos de cosplay um time formado por cantores e bandas, atores, influenciadores digitais, cosplayers e dubladores está escalado. Estão entre as atrações que ocuparão os Pavilhões 1 e 2 do Riocentro.
De 05 a 07 de julho de 2019
Sexta-feira das 12h às 21h | Sábado das 10h às 22h | Domingo das 10h às 21h
Avenida Salvador Allende, 6555 – Barra da Tijuca
Mais informações: https://animefriends.com.br/rio-de-janeiro/
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Apoio: Fundação Cesgranrio