Acabei de montar esta exposição para a qual fui chamado para fazer o projeto por Helena Severo Pelos motivos a seguir, mergulhei no tema e pesquisei esta época da cidade de meus antepassados , criando assim este roteiro e usando como base as peças do Museu do Estado de Pernambuco, onde se realiza a exposição Sou arquiteto, carioca, embora tenha em meu sangue uma parte que vem de Pernambuco. Devo esta proximidade aos meus avôs maternos que nasceram em Recife. Deles herdei a ligação afetiva e o interesse histórico por esta região brasileira. Herdei também os hábitos de seu povo e o gosto pela gastronomia local. Tudo isso está incorporado a minha vida. Estive em Pernambuco várias vezes e agora coloco o meu olhar nesta cidade, na época em que viveu um de seus mais ilustres representantes: Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, ou simplesmente, Joaquim Nabuco, que nasceu em Recife, em 1849. A casa escolhida para a mostra é perfeita. Ao entrar nela sente-se a atmosfera da época da monarquia. As duas primeiras salas mantêm o mesmo visual e dão uma ideia de como era a cidade durante a infância e a adolescência de Joaquim Nabuco. No acervo do museu encontramos gravuras e, a partir delas, criamos painéis como se fossem telas, além de destacar duas luminárias impressas. Logo depois, outra sala tem como tema o Teatro Santa Isabel. A atração principal deste espaço é a reprodução gigante da varanda do teatro de onde se avista a cidade. Nas duas salas seguintes montamos o que chamo de “A Casa Pernambucana”, uma forma de mostrar uma época do século XIX em que Pernambuco já possuía um mobiliário próprio. O acervo do museu foi fundamental para reproduzir cada detalhe. Com isso sintetizei o meu olhar sobre o tema da exposição que é a cidade de Recife no tempo de Joaquim Nabuco. |
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