Ok. Se você está lendo este texto no início de abril de 2020, provavelmente, está em casa, em um private Big Brother – vulgo confinamento. E eu juro que meu objetivo com este breve relato é te entreter. E te gerar uma ansiedade daquelas para pegar um avião assim que esta fase passar.
O motivo: já ouviu falar na Polinésia Francesa? Numas tais águas azuis? Ou, resumidamente, no paraíso? Algo como a fotinho abaixo:
Querido leitor de Anna Ramalho, eu afirmo: é verdade. Existe. E eu estive lá, um pouquinho antes do mundo inteiro ser impactado pela tal Covid-19.
Haja [con]fuso horário
O paraíso não é logo ali. Não mesmo. Mas vale o esforço.
Eu moro na Cidade Maravilhosa, sou quase vizinho de bairro da Anna, e, claro, o aeroporto do Galeão foi o meu ponto de partida para o outro lado do mundo.
Comecei em um voo para Buenos Aires, via Emirates, e seu refinado serviço de bordo. Da capital do tango, embarquei num 737-800 até Auckland, a simpaticíssima principal cidade da Nova Zelândia.
Foram aproximadamente 12 horas de voo. Eu saí da América do Sul numa sexta. Cheguei ao Pacífico Sul num domingo. Como isso é possível? A tão falada Linha Internacional da Data responde a esta pergunta.
Fusos a parte, fui surpreendido por uma cidade bastante amigável e organizada. Auckland tem cerca de 1,6 milhão de habitantes, que ocupam uma área de 1.086 Km². Apenas para você ter uma boa base de comparação, a cidade do Rio de Janeiro tem mais de 6 milhões de habitantes e uma extensão de 1.255 Km². Imagine!
Passei dois dias em Auckland e tive uma certeza: como já dizia aquele samba do Salgueiro, “um dia eu volto, meu pai, não chore, pois vou sorrir, felicidade, o velho Ita vai partir”.
E partiu!
Embarquei em um navio da Oceania Cruises, considerada uma das melhores – e mais privativas – companhias de navegação do mundo. E eu garanto: é mesmo!
O roteiro, extenso: além de regiões da Nova Zelândia, países como Nova Caledônia, Vanuatu, Fiji e a tão esperada Polinésia Francesa.
Não quero te torturar, mas veja essas fotos:
Lindas, né? E são todas reais!
Haja coração…. e haja tubarão
O gran finale da viagem não poderia ser outro: Polinésia Francesa. Trata-se de é um curioso conjunto de arquipélagos que, visto do mapa, mais parece um grande ponto perdido no Pacífico. Papeete, capital da ilha de Taiti, é a principal porta de entrada para os turistas que, em sua maioria, não abrem mão de conhecer a famosa Bora Bora.
Mas o que Bora Bora tem de tão fascinante? Uma imagem vale mais que mil palavras, não é?
Os passeios pela região da Polinésia são diversos, e, claro, voltados à beleza das águas azuis e da natureza como um todo. Se você tiver coragem, um mergulho com os tubarões pode ser facilmente organizado.
E por falar em passeios, ao visitar esta parte do mundo, não deixe de conhecer os tradicionais ‘motus’. São ilhotas formadas por corais, o que deixa as águas praticamente paradas e com aparência de lagoa azul. Perfeito para um mergulho junto a infinitos cardumes. E, de quebra, você ainda consegue registrar visuais inesquecíveis.
Em tempos de coronavírus e de confinamento, onde os nervos estão à flor da pele, eu te convido a relaxar e a apreciar uma imagem que, certamente, não sairá da minha mente tão cedo: a do pôr do sol da Polinésia.
Esse mundo é ou não é surpreendente? Até a próxima viagem, querido leitor!