Com a morte de Danuza Leão, ontem à noite no Rio, morre também um Rio de Janeiro que foi tudo de bom – seja ao tempo em que ela surgiu, mocinha, no início dos anos 1950, seja ao tempo em que reinou nos frenéticos dancin’ days do Regine’s e do Hippo, seja como a colunista bem informadíssima do Jornal do Brasil e a escritora best seller que virou no último terço de sua vida.
Houve um tempo em que convivemos muito, conversamos e rimos muito. Lembro aqui o que ela me disse numa noite de gargalhadas:
– Sou tão viada, tão viada, que, quando morrer, não viro pó. Vou virar purpurina!!!!!
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Que você tenha virado uma nuvem de purpurina prateada, minha amiga, pra combinar com as estrelas do céu.
Foto Thereza Eugênia