por Aristóteles Drummond
Já que não somos muito pródigos em criatividade para combater a violência, bem que poderíamos copiar o que dá certo lá fora. Chegando de uma semana em Madrid, pude constatar a tranqüilidade com que se anda, à noite, a pé pela cidade. E a explicação veio logo: a Polícia de Madrid coloca nas ruas, todos os dias, 2400 policiais sem característica, a paisana, que atuam ligados aos veículos que ficam em pontos estratégicos. Alguns destes policiais, por vezes, andam em casais, caracterizados como turistas, para os flagrantes. E assim os “ carteristas” como dizem os madrilenos são apanhados e presos.
O Rio mereceria uma ação destas, entre as seis e as nove da noite na Avenida Rio Branco e adjacências, onde os assaltos são comuns . Também valeria nos calçadões de Ipanema e Copacabana entre as nove e a meia-noite. Muito peixe cairia certamente na rede. A questão da população de rua é outra a ser encarada, com a facilidade de que Prefeitura e Estado agem em sintonia. E para melhorar o aspecto do centro, proibir entre a Praça Mauá e o MAM, o estacionamento de veículos . Assim as ruas ficariam livres, com mais espaço para a circulação de carros, os estacionamentos prestigiados.
Quem não puder pagar que use o transporte publico que este governo está tornando possível, pelos veículos refrigerados, pelo bilhete único – que precisa passar a duas horas e meia para ficar na realidade- a melhoria do metrô e dos trens suburbanos.
A população precisa de fatos novos, para manter este bom astral de apreço pelos governos do Estado e da capital.
Criatividade, mesmo que copiada. Que o Prefeito nesta viagem a Nova York traga idéias e as execute. Lá não tem carro estacionado nem flanelinha…