por Carlos Scherr
As últimas novidades: direto do Congresso Europeu de Cardiologia 2015
> Um dos estudos apresentados mostrou que um remédio lançado em 1959 teve uma excelente resposta ao controlar a pressão arterial de pacientes com hipertensão resistente, ou seja aquela de muito difícil controle. Remédio antigo e solução nova.
> Um estudo relatou os riscos vividos por pessoas que passam 5 ou mais horas em frente a televisão. Os riscos vão de mais hipertensão arterial e até embolia pulmonar quando comparados com quem assiste TV por mais ou menos 150 minutos por dia.
> Em 2012 a Organização Mundial de Saúde estimava que uma em cada oito mortes no mundo era devida à poluição atmosférica , Calcula-se que , lá pelo ano de 2050, será a causa ambiental a número um de morte no mundo.
> Uma epidemiologista da Universidade de Cambridge lembrou que, quando se procura o melhor tipo de tratamento para resolver um problema de saúde, deve-se ao mesmo tempo pensar em como se pode prevenir que esta doença aconteça em outras pessoas. Prevenção é tudo.
> Em relação à alimentação fica claro que o importante não é só diminuir a gordura saturada, mas também qual tipo de alimento que você reporá no lugar desta. Provavelmente o beneficio maior será a reposição da gordura ruim (saturada) pela poli- insaturada. Ambas são gorduras, mas de origens diferentes, a primeira de origem animal e a segunda vegetal.
> A obesidade – que era a décima da lista de fatores de risco em 1990 – passou a sexta em 2010. Mas existe um paradoxo aí. Em algumas condições cardiológicas, aqueles acima do peso têm uma vantagem na sobrevida. Existe uma curva em U na relação do peso com a mortalidade. Pesos muito baixos ou muito altos trazem maior risco. Talvez estar acima do peso tenha maior importância como fator de risco para desenvolver uma doença e, por outro lado, ser benéfico quando a doença já está instalada. Principalmente quando a perda de peso significa gravidade e progressão da doença.
> Não se pode esquecer que o metabolismo diminui a partir dos 40 anos de idade numa velocidade de 2 a 5% por década. Ou seja a partir daí comendo-se o mesmo mais será retido e representa possibilidade de ganho de algum peso.
> Homens acima do peso mas com alto grau de condicionamento físico têm risco de morte semelhante ao magro, mas os que têm o menor risco são aqueles magros com alto grau de preparo físico. Talvez até 35% dos obesos sejam saudáveis.
> Para aqueles portadores de marca passo ou desfibriladores implantáveis: é bom manter celulares a uma distância de pelo menos 15 centímetros destes equipamentos.
> Interessante estudo apontou as variações do pulso em pessoas assistindo partidas de futebol. Ocorre um aumento médio de 30 batidas por minutos sendo que na grande maioria (80%) o número de batidas do coração pode atingir até 95% do número de batidas máxima para a faixa etária do torcedor. Isto terá uma implicação muito importante para aqueles que têm doença cardiovascular ou pior ainda para aqueles que têm, mas não sabem.
> Apesar dos avanços no tratamento reduzindo a mortalidade e as seqüelas das doenças do coração, estima-se na Europa que, pelo ano de 2030, em torno de 40% dos europeus terão uma doença cardiovascular.
> Talvez tenhamos uma nova forma de tratar um distúrbio do ritmo do coração muito comum chamado de fibrilação atrial. Foi apresentada uma nova técnica de estimulação do nervo vago através do ouvido. Dados ainda iniciais, mas muito interessantes.
> Dados de doze países europeus mostram que pessoas com risco cardiovascular aumentado estão longe de um bom controle: 17% fumam, 43% estão obesos, 71% estão com a pressão alta, 66% colesterol alto e 30% história de diabetes.
Temo pela realidade brasileira.
> Mesmo já se tendo 93 genes ou variantes já mapeados relacionados a maior risco genético para doença coronariana, o impacto disto na diminuição da mortalidade em termos populacionais é pequeno. Por isso a melhora no estilo de vida é fundamental e às vezes pequenas correções nos hábitos das pessoas trazem grande impacto na diminuição da mortalidade.
> Já está bem sabido que os telomeros (espécie de protetor do final dos cromossomos) encurtam com a idade e vários estudos já demonstraram que este encurtamento contribui para a mortalidade em muitas doenças associadas à idade e em particular a doença coronariana.
Comer bem
Frango no pão arabe
Ingredientes:
3 peitos de frango com osso
sal
1 laranja grande
1/2 xicara de maionese light
1/3 xicara de creme azedo ou yogurt grego de baixa gordura
1 colher de sopa de mostarda dijon
1 talo de salsão picado
1/2 xícara de nozes, amendoas torradas picadas
1/4 xícara cebolinha fresca picada
1 1/2 colheres de sopa de sementes de papoula
Pimenta moída
1/2 xicara damascos secos picados
Folhas de alface
4 pães árabes integrais cortados ao meio
Modo de Preparo:
Cubra o frango com água fria em uma panela e adicione sal a gosto. Retirar a casca de metade da laranja com um descascador de legumes; adicione as coloque na água. Cubra e leve para ferver em fogo alto, em seguida, reduza o fogo para médio-baixo e cozinhe, descoberto, até que o frango esteja cozido, cerca de 18 minutos. Retire o frango e deixe esfriar.
Rale a casca de laranja restante em uma tigela grande; Coloque o suco de laranja na tigela. Misture a maionese, creme azedo, mostarda, salsão, nozes, cebolinha, sementes de papoula, sal e pimenta a gosto. Adicione os damascos.
Desfiar frango, descartando os ossos e e misture com o molho. Encher algumas folhas de alface e um pouco da salada de frango em cada árabe.