Ainda ecoa pelos corredores da Câmara dos Deputados o ti-ti-ti protagonizado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e os deputados Duarte Nogueira (PSDB-SP) e Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), na semana passada.
No depoimento do ministro na Comissão de Constituição e Justiça, Manuela saiu em sua defesa, afirmando que Cardozo não politizou as investigações do caso Siemens. Tudo seguia normalmente quando o tucano Duarte Nogueira disse que a deputada, ex-namorada do ministro, fazia sua defesa por razões sentimentais.
– O coração tem razões que a própria razão desconhece, deputada – atacou Nogueira.
– Não admito isso, deputado. É uma atitude machista! Eu o defendo justamente por saber o homem íntegro que ele é – respondeu Manuela, exaltada.
– Não retiro o que disse, deputada – retrucou Nogueira.
– Lamentável o que o senhor disse, deputado. Eu o considero um amigo, mas sei que as deputadas do PSDB não corroboram o que o senhor disse – concluiu o ministro.
Mais um pouco, oposição e governo teriam que ser apartados.